Tudo parecia perfeito naqueles dias em que eu via você sorrindo, mesmo que aquele sorriso fosse pra quem pouco se importava com a sua felicidade. E eu? eu ali criando esperanças, sendo inútil tentar. Sim, inútil. Não existiu nunca uma chance pra “nós”. Você impedia que eu chegasse, eu não conseguia dar um passo sem nada pra me amparar, seria me jogar em algo que eu sabia que não ia valer a pena. Eu iria me arriscar e ficar sem forças, resolvi me acanhar e esconder aquele sentimento que eu pensei que não fosse ter fim. Percebi que os outros que surgiram viraram apenas “outros” e você continuava ali, me prendendo num passado que nunca iria se tornar presente. Eu tentava sair dali e você não deixava, mesmo não sabendo, você sempre fazia com que eu voltasse. Eu prometi a mim mesma desistir, pessoas perguntavam sobre o que eu sentia. E eu mentia. É. Mentia várias vezes, enquanto dentro de mim algo queria gritar “Eu ainda gosto.” Mas saía apenas um “Não, é lógico que não” E Pra que eu diria que ainda gostava? Pra criar esperanças no que eu já havia desistido? É, eu tinha desistido, lembra? Mas confesso, nada era capaz de esconder aquilo que eu sentia quando ouvia seu nome.


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